Diversas áreas, para não dizer todas, sofreram impactos com a pandemia do COVID-19 em que estamos vivendo. Todos estão buscando novas formas de entregar seus produtos, serviços e não comprometer o andamento de processos.
A educação é uma das áreas que mais sofreu impacto durante e sofrerá após a crise de 2020. A inclusão digital será mais efetiva? O EAD será mesmo total realidade para todas as fases de ensino (fundamental, médio, superior, profissionalizante)?!
Para esclarecer esses pontos, buscamos o que dizem alguns especialistas da área:
Expansão da EAD e das tecnologias educacionais
“Há uma janela de oportunidades para as instituições manterem o uso de recursos digitais nas suas aulas, mas de uma maneira planejada. Vejo duas situações. Em primeiro lugar, aquelas que estão fazendo um bom trabalho na migração – muitas vezes porque já tinham cursos a distância – geram um potencial para os alunos entenderem as vantagens a ponto de migrarem para o EAD no futuro.
Outra situação são instituições e cursos que não tinham esse expertise e que não foram programados para serem a distância e simplesmente migraram para o ensino remoto por causa da pandemia. Nem podemos chamar de EAD. Nesse caso, pode haver, inclusive, desestímulo ao aluno, que acaba não entendendo como a modalidade funciona. Assim, não apenas o cenário não mudaria, como pioraria para a EAD.”
- Lilian Bacich, doutora em psicologia educacional, coordenadora de pós-graduação em metodologias ativas no Instituto Singularidades e líder pedagógica na Tríade Educacional. Ela é autora de Metodologias Ativas para uma Educação Inovadora: Uma Abordagem Teórico-Prática
“Já não tinha e, agora, não vai haver recursos para educar 6 a 7 milhões de pessoas com qualidade em cursos presenciais. Então, vamos ter que fazer alguma combinação para fazer ensino presencial onde for possível.
Ao mesmo tempo, criar possibilidades de ensino a distância para atender a uma população muito grande que não tem condições de se dedicar ao ensino presencial. Temos que pensar um sistema com formatos e instituições diferentes. E o sistema público vai precisar se adaptar a essa realidade.”
- Simon Schwartzman, cientista social e membro da Academia Brasileira de Ciências, foi presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 1994 e 1998.
Leia mais sobre essa conversa com os especialistas em: Desafios da Educação
O que sabemos é: precisamos evoluir e muito no quesito digital. Mas, por bem, temos diversos empreendedores focando em desenvolver treinamentos, cursos e ensino em geral de qualidade para atender a essa nova realidade em que estamos inseridos.
Nós da Traine, por exemplo, que prezamos pelo ensino de qualidade e fomentamos o crescimento profissional, estamos buscando agregar em nosso quadro de treinamentos, ensino EAD de qualidade e com a excelência de ensinos presenciais.
Ou seja, estamos em fase de adaptação e não existe verdade absoluta sobre os rumos que a educação irá tomar.