Certa vez escrevi sobre a relação do tempo no aprendizado de um novo idioma. Escrevi motivado por inúmeros anúncios de cursos de Língua Estrangeira, mais especificamente o Inglês, com promessas de fluência em curto espaço de tempo. Fluência se tornando um objeto material que é vendido para as pessoas.
Mas o que isso tem a ver com a importância de uma plataforma digital para o ensino da Língua Inglesa? A plataforma auxilia no aprendizado por possibilitar ao aprendiz mais tempo de estudo e assim aumentando consideravelmente a carga horária estudada. Esse aumento é muito de responsabilidade do aluno, pois ele mesmo se organiza e utiliza da maneira que o convier.
Como então utilizar tal recurso para potencializar o aprendizado de um novo idioma? Pensamos o uso da plataforma em um modelo de aula denominado sala de aula invertida. O que seria isso? Segue o que diz Caio Bech:
Os conceitos foram desenvolvidos na década de 90 e contou com a participação de vários autores, sendo um deles Eric Mazur, professor de Harvard, que escreveu sobre a aprendizagem fora e dentro da sala de aula. Segundo o professor holandês, os alunos deveriam estudar o conteúdo antes da aula, através de apresentações, aulas online, vídeos, áudios, leitura de livros, jogos, entre outros. (https://andragogiabrasil.com.br/sala-de-aula-invertida/, acesso em: 02/08/2019).
Como podemos perceber nesse modelo o aluno precisa estudar o conteúdo previamente e assim estando mais preparado para a aula presencial. Mas então por que ter a aula presencial? Vejamos o que o mesmo autor diz:
Em sala, o educador aprofundaria o aprendizado com exercícios, estudos de caso e conteúdos complementares. O tempo em sala seria para esclarecer dúvidas e estimular o compartilhamento de conhecimento e experiência entre a turma, com base nas informações e conhecimentos adquiridos previamente.
Por mais que o conceito de sala de aula invertida seja recente, muitos autores já destacavam pontos que podem ter incentivado o modelo de Sala de Aula Invertida – Flipped Classroom. (https://andragogiabrasil.com.br/sala-de-aula-invertida/, acesso em: 02/08/2019).
Podemos compreender que a sala de aula irá se tornar um ambiente para debate, troca de experiências e uma oportunidade de colocar todo o conteúdo em prática.
Pensemos então no caso do segundo idioma. Numa aula de inglês utilizando o modelo citado, toda a parte “chata” que é regras gramaticais, aprender vocabulário é feito em casa mediante as aulas gravadas, materiais de apoio e atividades de fixação, enquanto que a aula presencial torna-se um ambiente para se desenvolver a habilidade oral com atividades mais comunicativas. A aula presencial será então bem mais dinâmica, divertida e prática.
Aqui na Traine começamos a utilizar esse modelo de aula e está sendo muito proveitoso. Tenho observado que os alunos estão realmente mais preparados e consigo utilizar mais o inglês dentro de sala. Percebo também que com o auxílio da plataforma a solução de dúvidas é minimizada sendo solucionadas mais rapidamente.
Com tudo isso que foi exposto acima, com a plataforma a relação tempo versus aprendizagem diminui consideravelmente através de um aumento considerável na exposição do conteúdo ao aluno.
Para finalizar, com tudo que foi observado, com estudos que tem sido feitos, podemos afirmar que o aluno que estuda tendo acesso a plataforma terá um resultado muito mais significativo e satisfatório do que aquele aluno que não teve acesso a esse recurso.
Por: Prof. Luís Henrique Andrade